O Grupo de atuação especializada de combate ao crime organizado do Ministério Público do Estado do Rio (Gaeco/MPRJ), com o apoio de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (csi), do MP, cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a 11 pessoas investigadas por supostas vendas de licenças ambientais em Nova Friburgo.
Entre os alvos estão oito servidores do instituto estadual do ambiente (inea), à época dos fatos lotados na superintendência dois rios (suprid).
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Nova Friburgo, e começaram a ser cumpridos nos municípios de Nova Friburgo, Cordeiro, São Fidélis e Cardoso Moreira.
De acordo com as investigações do gaeco, do mp, no âmbito de procedimento investigatório criminal, as concessões ilegais causaram prejuízo estimado em R$ 20 milhões decorrente do pagamento de vantagens indevidas para os envolvidos na atividade criminosa.
Segundo as investigações, aproximadamente 1.200 procedimentos administrativos estão em revisão pelo próprio INEA.
Com a estimativa de que cerca de 500 licenças tenham sido concedidas de forma irregular.
Segundo o Gaeco, as licenças ilegais autorizaram loteamentos, construções e ocupações de terrenos em desacordo com a legislação ambiental.
A investigação busca reunir provas sobre o suposto núcleo de uma associação criminosa, formada por servidores do inea e consultores que atuavam como intermediários entre proprietários de áreas rurais e urbanas e os funcionários públicos.
De acordo com as informações apuradas até o momento, essas licenças eram concedidas sem a devida análise, mediante pagamento, facilitado pela atuação dos intermediários.
Foto: MPRJ